Análise de Rotas Percurso Médio – H35A
Depois de alguns anos disputando o CamBOr na categoria H21A,
mudei para a H35A. A transição se deve, principalmente, a dois aspectos: meus
40 anos de idade e a confiança de que posso disputar em igualdade com os
colegas da categoria, mesmo sendo eles, em bom número, provenientes da H21E com
dedicação exclusiva.
Recuperado do enorme desgaste causado pelo Percurso Longo, e
ciente de que as estimativas de tempo foram superestimadas pelo organizador (em
várias categorias, muitos competidores levaram mais de 2h para terminar seus
percursos), hora de tentar ganhar algumas posições para, quem sabe, figurar
entre os 10 primeiros da categoria. O primeiro aspecto que tratei internamente
foi exercitar mentalmente o tipo de relevo e sua vegetação de difícil
progressão. A largada no início do
pelotão trouxe a ansiedade em percorrer o mapa sem ser alcançado pelos colegas
que viriam após. Vamos tratar aqui das rotas 1-2 e 8-9.
Este é o mapa com minhas rotas:
Este é o mapa com minhas rotas:
Rota do ponto 1 para o ponto 2
O que planejei: seguir em azimute para o ponto, utilizando como linha de
segurança o topo da elevação.
O que fiz: segui conforme o planejado, mas o deslocamento tendeu para a
esquerda. Não utilizei os cupinzeiros como pontos de checagem e acabei descendo
além do necessário. Ao não encontrar o ponto na primeira tentativa, retornei
para o topo da elevação, mais uma vez sem obter êxito. Na segunda tentativa de
encontrar o prisma pela esquerda da elevação, desci um pouco mais à frente e
concluí o trecho. Me pareceu que o ponto estava um pouco deslocado à frente e à
esquerda do topo da elevação, diferentemente da localização do mapa.
O que deveria ter feito: seguir conforme o planejado, mas fazendo a
contagem adequada da distância e seguindo os pontos de checagem. Importante
observar que deslocamentos em diagonal nas elevações normalmente tendem a
curvar para seu lado mais baixo (como se estivéssemos seguindo a direção que a
água tomaria). Outro detalhe que merece atenção é que a vegetação e o relevo
deste trajeto tornaram o deslocamento extremamente lento. Notem que
praticamente todo o percurso está em vermelho, sendo necessários mais de 2’para
percorrer os 100m entre um ponto e outro.
Foram pelo menos 40” perdidos neste pequeno trecho.
Rota do ponto 8 para o ponto 9
O que planejei: seguir para o ponto nove descendo o trecho
com uma queda proposital para a direita, utilizando a valeta como corrimão.
Diminuir a velocidade na valeta para não passar do ponto.
O que fiz: segui conforme o planejado. Mas não contei os
passos duplos. Perdi a noção da distância e imaginei que havia passado do
ponto. Iniciei nova subida, retornando ao início da vegetação mais densa da
valeta. Dali desci novamente, obtendo êxito.
O que deveria ter feito: uma das opções era
seguir conforme o planejado, mas com a adequada contagem de passos. Uma segunda
opção seria descer rumo ao ponto em azimute e utilizando como barreira de
proteção a valeta perpendicular após o ponto, ou ainda como ponto de checagem a
árvore de destaque à esquerda do prisma.
Como podem ver, esta foi uma prova mais consistente. Isso se deve, entre outros, ao fato ter enfrentado o relevo e a vegetação no dia anterior. Completei a prova em 59'28", o que me deixou na 3ª colocação nesta prova e 4º colocado na classificação final da etapa. Ainda há o que melhorar. Que venha o próximo CamBOr.
Os resultados oficiais estão disponíveis aqui.
Boas rotas \o/
orientistaemrota
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